Fotos – Cláudia Moysés
Alunos apresentaram robôs cadeira de rodas programadas para andar e subir escadas, reconhecer obstáculos e alterar rotas e outras criações.
A equipe do setor de Informática e do projeto Robótica da Secretaria de Educação de Caraguatatuba conquistou o 2º lugar, com o pôster “Percepções da inserção do projeto de robótica no processo de ensino-aprendizagem da rede municipal de ensino de Caraguatatuba”, entre 50 trabalhos inscritos na Conferência Internacional OpenCon Campinas, realizada na sexta (21).
O Comitê de Organização e de Apoio da OpenCon 2016, formado por professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Campinas, julgou metodologia, relevância, originalidade, solidez técnica e apresentação entre outros quesitos.
Quatro dos 23 professores de Robótica, Bruno Reis Moreira Nacano, Ernesto Neto, Ester Bittencourt de Carvalho Pinto, Hercules Pantojo da Silva e Rúbia Moreira; e 16 alunos estiveram presentes no evento e conversaram com os avaliadores sobre benefícios desse projeto na rede municipal.
Entre as qualidades apontadas pelos docentes estão: a maior dedicação aos estudos; aumento do nível de sociabilidade; exercício do respeito pelo próximo; identificação de qualidades e habilidades no outro; inclusão e a valorização do trabalho em equipe, além de maior concentração e rendimento em sala.
Por meio do Lego Mindstorms, os estudantes montam versões variadas de robôs e aprendem princípios de matemática, mecânica, eletrônica e programação.
Além do painel, a caravana de Caraguá fez a demonstração dos robôs: cadeira de rodas programada para andar e subir escadas; guitarra com teclas que reproduzem a frequência das notas da escala musical; cadeira de rodas que reconhece obstáculos e altera a rota; e cadeira de rodas para pessoas com tetraplegia. Todos desenvolvidos durante as aulas.
Também integraram o grupo os professores Ludervan Sanches, Ernesto Neto, Wlamir Nascimento e os tecnólogos Denis Lavinas e Victor Pugliese, do setor de Informática Educativa.
A OpenCon é uma conferência internacional sobre acesso aberto, educação aberta e dados abertos, promovida anualmente, desde 2014, pela SPARC (Scalable Processor ARChitecture ou Arquitetura de Processadores Escaláveis) e pela Right to Research Coalition (EUA). Voltada a estudantes, professores, bibliotecários e outros profissionais que se interessam em aprender e fazer mais pela ciência aberta.
O evento em Campinas foi um encontro satélite, a conferência principal será na capital dos Estados Unidos, Washington DC, entre 12 e 14 de novembro.
Palestras – O grupo também assistiu à palestra “A singularidade, a matriz e o exterminador do futuro”, do professor Alexandre Oliva, que por meio de filmes como Matrix, Ex-Machina, O Exterminador do Futuro, 2001, Uma Odisseia no Espaço, Eu, Robô, abordou a seguinte questão: “Quando as máquinas com inteligência artificial vão superar os seres humanos?”.
Segundo Oliva, a visão das obras de ficção (livros e filmes) mostra que a missão das máquinas é destruir ou se apoderar da vida humana.
“Hoje quem nos controla, são as grandes corporações, que criam desejos e necessidades artificiais para nos comandar, usando o marketing”, afirmou.
A solução de acordo com Alexandre é comprar e ter negócios locais e familiares, evitar vulnerabilidades como contrair dívidas e ser altruísta. Bem como priorizar as informações sobre Acesso Aberto, Educação Aberta e Dados Abertos.
Outra palestra foi sobre o “InVesalius – Software livre de imagens médicas”, desenvolvido no CTI – Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas. Esse software livre permite que sejam gerados modelos tridimensionais de regiões de interesse do corpo humano – próteses médicas.
Em seguida, alguns alunos foram conhecer o laboratório de próteses do CTI. Lá puderam ver a réplica de algumas próteses usadas em cirurgias de diferentes especialidades.
O aluno da EMEF Prof. Luiz Ribeiro Muniz, José Henrique de Souza Machado, 15 anos, ficou fascinado com o que escutou e viu. “Achava que uma impressora 3D era um bicho-de-sete-cabeças, mas não é. Muito bom ter vindo nesta viagem e aprender coisas novas que posso colocar em prática no futuro. O curso de engenharia, por exemplo, permite várias possibilidades no mercado, inclusive essa de projetar próteses médicas”, disse.