Fotos: Luís Gava/PMC
Parceria com cooperativas de reciclagem, instalação e operação de eco-pontos para pequenos geradores, administração e criação de Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs) na cidade foram alguns dos assuntos apresentados durante a 2ª Audiência Pública realizada ontem (12/12) pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (Smaap), da Prefeitura de Caraguatatuba.
O objetivo da audiência, realizada no auditório do Módulo – Campus Centro, foi realizar uma revisão final no Plano de Coleta Seletiva da cidade. A primeira audiência foi realizada em junho, para tratar do processo de implantação do programa.
Neste segundo encontro, a Secretaria apresentou uma estimativa de gastos com a implantação da Coleta Seletiva da ordem de aproximadamente R$ 70 milhões. Os cálculos apontam que a economia na coleta regular, atingindo metas de reciclagem de resíduos secos, será de cerca de R$ 11 milhões. E ainda, a economia na remessa para a Unidade de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos em Jambeiro será de R$ 17 milhões.
Para o secretário da pasta, Marcel Giorgeti, a implantação do programa de coleta seletiva reduz os gastos com a coleta dos resíduos sólidos do município, uma vez que esse material segregado não é mais disponibilizado para o transbordo. “Estamos nos empenhando para que a coleta seletiva traga não só benefícios ambientais e sociais mas que também signifique um ganho aos cofres públicos”.
A participação da população
Durante a audiência pública, a palavra foi aberta aos presentes. Gerson Florindo de Souza, morador de Ubatuba, aproveitou a oportunidade para parabenizar Caraguatatuba pela iniciativa de implantar o projeto. Ele acredita que a questão do manejo de resíduos sólidos no Litoral Norte deve ser pensado em conjunto com as quatro cidades da região e colocou-se à disposição para participar das tratativas.
O metalúrgico aposentado, João Rocha, morador de Caraguatatuba há 15 anos, contou que há muitos anos, se sentia incomodado com o problema dos resíduos sólidos. “A exportação dos resíduos é uma verdadeira sangria aos cofres públicos e eu sempre me senti um dom Quixote, lutando contra moinhos de vento na tentativa de encontrar uma solução para a questão. Hoje, vendo esse projeto, me sinto satisfeito de ver que a administração apresenta uma proposta que atende os interesses públicos”.
Com a aprovação do plano de Coleta Seletiva, a Smaap colocará em prática as ações propostas, de acordo com os prazos estipulados (até o ano de 2036) e apresentados durante as audiências públicas. O plano também passará por revisões a cada quatro anos, podendo sofrer alterações.